Este trabalho integra-se aos estudos sobre o patrimônio da saúde no Pará e tem o intuito de analisar elementos estético-funcionais do antigo Sanatório Barros Barreto (atual Hospital Universitário João de Barros Barreto). Este hospital foi produzido em um período em que a tuberculose causava altos índices de mortalidade no país, como parte das políticas públicas para controle da doença em que a Arquitetura Moderna era o padrão adequado. Através das pesquisas bibliográfica e documental aborda-se de forma qualitativa elementos arquitetônicos do antigo sanatório, fazendo-se um paralelo com elementos presentes na arquitetura moderna da saúde no Brasil, bem como destaca-se a estratégia de construir o sanatório afastado do centro urbano, devido às políticas de isolamento, em uma área considerada aprazível e arborizada, no bairro do Guamá. Ademais, esta análise de elementos demonstra que seguiam princípios funcionais, além de uma reprodução em massa, afastando-se da preocupação com a estética e atualmente, devido as necessidades contemporâneas presentes no Hospital, é perceptível a dificuldade em conciliar os usos originais dos ambientes da edificação, como demonstra a modificação e extinção das antigas varandas para inserção de banheiros nas enfermarias e o esquecimento do antigo parque dos eucaliptos.