A associação da azulejaria portuguesa a uma noção de identidade(s) encontra-se hoje enraizada num contexto muito alargado, conduzindo à utilização massiva do azulejo como signo de uma cultura e servindo de narrativa para os mais diversos fins.
Este artigo pretende recuar no tempo, até aos meados do século XIX, discutindo qual o papel da historiografia europeia na construção da ideia do azulejo como “arte portuguesa”, considerando sobretudo os aspectos distintivos que foram sendo apontados ao longo dos anos, e observando os principais momentos e agentes que contribuíram para a criação e consolidação deste fenómeno.