O azulejo tem vindo a ser abordado em Portugal, do ponto de vista teórico, desde a segunda metade do século XIX, numa perspetiva que acentua, de forma crescente, a ideia de originalidade e, mais recentemente, de fator identitário, sendo que, na atualidade, é reconhecido como uma das artes que mais identifica a herança patrimonial portuguesa. Mas será que é mesmo assim? E será legítimo associar-se uma narrativa identitária ao azulejo ou esta ideia prende-se, apenas, com questões de valorização nacional?
Integrado no mês do azulejo e nas celebrações do ano europeu do património cultural, o AzLab#42 especial Identidade(s) do azulejo em Portugal,2 teve como principal objetivo discutir as questões de identidade(s) relacionadas com a azulejaria, centrando a sua atenção quer na construção historiográfica deste(s) conceito(s), quer nos diferentes aspetos que distinguem o uso português do azulejo das formas como outros países entenderam esta arte. É a estes assuntos que é dedicado o número 8 da ARTis ON.