Investigam-se, neste trabalho, as contribuições do historiador da arte, da cultura e teórico da imagem alemão Aby Warburg (1866-1929), entendendo a obra warburguiana como uma autobiografia, a partir da perspetiva do conceito de “biografema” do fi lósofo francês Roland Barthes (1915-1980). Pretende-se discutir as contribuições de Warburg para o campo da História da Arte a partir da análise das imagens e de seus deslocamentos sintomáticos no campo da representação simbólica, principalmente sobre o conceito de sobrevivência. Investigam-se as operações imagéticas e historiográficas transdisciplinares e trans-históricas de Aby Warburg, abordando a complexidade dos objetos artísticos e de suas temporalidades, além de suas potencialidades para novas metodologias na História da Arte.